Bem-vindos

Este Blog tem o prazeroso trabalho de mostrar à vocês as maiores curiosidades e as melhores notícias do Brasil e do Mundo; esperando aumentar o campo de conhecimento dos queridos leitores...
Espero que gostem, e qualquer dúvida, sugestão e/ou reclamação, entrem em contato conosco. Muito obrigado!

terça-feira, 31 de maio de 2011

Análise de: Tempos Modernos

Charles Chaplin

  O filme em tela, inicia mostrando um relógio, marcando o horário das atividades trabalhistas das fábricas, indicando que tempo é dinheiro.
O autor mostra o trabalhador, como rebanho humano, na cena em que os trabalhadores se amontoam na entrada da fábrica. Faz uma crítica à sociedade industrial, seu ritmo efervescente, a falta de qualidade de vida e seus propósitos irracionais.
O filme mostra a institucionalização do processo da mais valia, através da inclusão das esteiras, onde se apresentam as peças, aumentando sua produção evidenciando a exploração do trabalho do funcionário, enquanto o presidente da fábrica goza de sua condição de chefe, acelerando o trabalho a uma situação desumana, onde leva o personagem principal a um excesso de stress, ficando mentalmente debilitado, levando-o a um surto, sendo então internado porém sem ser levado em conta o verdadeiro motivo. Quando sai da clínica, fica então sem emprego e sem direitos trabalhistas.
Mais que trabalhar numa linha de montagem o homem faz parte dessa fábrica, reduzindo a uma mera peça , desaparecendo sua identidade, sua individualidade e seu amor próprio, sendo tratado como um objeto sem ser valorizado o intelecto humano.
Os proletários são engolidos pelo sistema de máquina, seja na fábrica ou na sociedade, como mostra a cena do presídio e a perseguição do estado à menina.
Nota-se que num filme mudo o único que tem voz é o chefe, mostrando a voz ativa do poder.
Em virtude da insatisfação da condição da classe operária, surgiram os movimentos grevistas, como evidencia o filme sendo esse um tema que continua bem atual, prevalecendo até hoje.
Na cena em que Chaplin literalmente é engolido pela máquina, é expressado o sentimento de impotência da classe oprimida diante do sistema capitalista industrial, sendo usada até o seu limite e que quando sugada ao máximo chega ao seu esgotamento e é jogado fora nas instituições de tratamento.
Na cena em que Chaplin e sua amiga passam a noite na loja de departamento, evidencia a contradição entre um sistema de grande produção, baseada no consumo e uma sociedade que não tem condição de consumir, apenas sonham com essa condição, pois para essa classe oprimida sobra apenas um barraco velho, caindo aos pedaços, em uma periferia , como claramente se vê no filme .
O filme manifesta com grande evidência os diferentes rumos que alguns personagens tomam diante das dificuldades. Carlito se esforçava ao máximo para ficar na cadeia pela simples condição de moradia e alimentação, enquanto alguns dos seus colegas da fábrica optaram pelos rumos da criminalidade, mostrando a opção das pessoas mal formadas social e psicologicamente, como a marginalidade é construída.
O final do filme exibe uma estrada longa e vazia, indicando uma nova esperança e um novo caminho a ser construído...

autoria: Arienia Araújo

Nenhum comentário:

Postar um comentário